Prof.: João Morais
Aluno: Guilherme Gonçalves Sousa, 11º E
É
do conhecimento geral que, quando
alguém se sujeita a uma fuga tal como ela nos chega das notícias dos que
atravessam o Mediterrâneo, essas viagens são a última e a única opção, pois a
permanência de tanta gente no seu local de origem representaria um risco
iminente à vida dessas famílias. Muito se tem discutido acerca do fluxo de
pessoas em todo o mundo gerar vários fenómenos. Em situações normais,
as trocas culturais são imensamente proveitosas, mas, em situações de
conflito, a tendência é as consequências se apresentarem negativas para muitos.
Em
consequência disso, nota-se que, em termos políticos, se
destaca um crescimento dos nacionalismos nos países que recebem grande
número de refugiados. Partidos ultranacionalistas passaram a ganhar mais lugares
no Parlamento Europeu e alguns alcançaram o governo central nos seus países.
Um
exemplo significativo dessa tendência deu-se na Itália, onde uma das promessas
da direita era impedir o desembarque de navios clandestinos. A medida drástica
de fechar os portos italianos fez com que tantos navios de migrantes e
refugiados bem como navios de organizações internacionais de resgate ficassem
vários dias à deriva, mesmo com idosos, crianças e pessoas doentes a bordo.
Além
disso, com a chegada imprevista de pessoas e com o grande fluxo migratório para
um mesmo local ocorre o fenómeno da explosão demográfica.
A explosão demográfica afeta diretamente a economia e as relações
sociais, pois ela gera uma cadeia de eventos que podem ser desastrosos.
Por
exemplo, atualmente observa-se uma grande quantidade
de pessoas migrando para a Itália e a Grécia, que não oferecem infraestruturas
para receber essas pessoas, fazendo com que o acesso à saúde, ao saneamento, à
segurança e à educação fique comprometido; a fome e a miséria instalam-se entre
a população migrante e até entre a população local, pois a falta de emprego
começa a afetar os moradores locais e também há um aumento da criminalidade
pela falta de estruturas e de organização.
Levando-se
em consideração estes aspetos, conclui-se que
este ciclo vicioso tende a manter-se se não houver esforços
conjuntos dos governos e de todos nós. Hoje e amanhã, urge perceber que, quando
o outro precisa da nossa ajuda, mesmo que seja estrangeiro, devemo-nos
esforçar por ajudá-lo. A História ensina que qualquer um poderá ficar no lugar
de quem tem de fugir à morte.