Correção do grupo III do teste do 12º B
O BlogBESSS...
Bem-Vindos!
Blog ou Blogue, na grafia portuguesa, é uma abreviatura de Weblog. Estes sítios permitem a publicação e a constante atualização de artigos ou "posts", que são, em geral, organizados através de etiquetas (temas) e de forma cronológica inversa.
A possibilidade de os leitores e autores deixarem comentários, de forma sequencial e interativa, corresponde à natureza essencial dos blogues e por isso, o elemento central do presente projeto da Biblioteca Escolar (BE).
O BlogBESSS é um espaço virtual de informação e de partilha de leituras e ideias. Aberto à comunidade educativa da ESSS e a todos os que pretendam contribuir para a concretização dos objetivos da BE:
1. Promover a leitura e as literacias;
2. Apoiar o desenvolvimento curricular;
3. Valorizar a BE como elemento integrante do Projeto Educativo;
4. Abrir a BE à comunidade local.
De acordo com a sua natureza e integrando os referidos objetivos, o BlogBESSS corresponde a uma proposta de aprendizagem colaborativa e de construção coletiva do Conhecimento, incentivando ao mesmo tempo a utilização/fruição dos recursos existentes na BE.
Colabore nos Projetos "Autor do Mês..." (Para saber como colaborar deverá ler a mensagem de 20 de fevereiro de 2009) e "Leituras Soltas..." (Leia a mensagem de 10 de abril de 2009).
Não se esqueça, ainda, de ler as regras de utilização do BlogBESSS e as indicações de "Como Comentar.." nas mensagens de 10 de fevereiro de 2009.
A Biblioteca Escolar da ESSS
PS - Uma leitura interessante sobre a convergência entre as Bibliotecas e os Blogues é o texto de Moreno Albuquerque de Barros - Blogs e Bibliotecários.
quinta-feira, 6 de dezembro de 2018
Ricardo Reis: o poeta clássico
Correção do grupo III do teste do 12º B
terça-feira, 20 de novembro de 2018
Ricardo Reis, o poeta clássico
Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa, cultiva um neoclassicismo neopagão, recorrendo à mitologia greco-latina, e considera a vida como um tempo efémero, sendo, assim, a morte iminente.
terça-feira, 6 de novembro de 2018
Caeiro: das sensações à natureza e à dor de pensar no ortónimo
Autora: Teresa Martins Abrantes (12º A)
O pensar enquanto ato transversal na poética de pessoa ortónimo
Prof. João Morais
sexta-feira, 26 de outubro de 2018
Análise d' «O guardador de Rebanhos», de Alberto Caeiro - Dois Cenários de Resposta
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Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estacões
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr do Sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
E se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
Com um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Não tenho ambições nem desejos.
Ser poeta não é uma ambição minha.
É a minha maneira de estar sozinho.
E se desejo às vezes,
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita coisa feliz ao mesmo tempo),
É só porque sinto o que escrevo ao pôr do Sol
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.
Quando me sento a escrever versos
Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,
Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
No cimo dum outeiro,
Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas ideias,
Ou olhando para as minhas ideias e vendo o meu rebanho,
E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se diz
E quer fingir que compreende.
Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me veem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outeiro.
Saúdo-os e desejo-lhes sol
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predileta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer coisa natural —
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado.
Poema Primeiro de Guardador de Rebanhos, de Alberto
Caeiro
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Faz uma análise do texto transcrito, atendendo aos seguintes tópicos:
- significado de «rebanhos», tendo em conta a associação com o nome do livro de que o poema foi extraído;
- identificação eu-pastor enquanto ponto de partida para uma identificação mais vasta com a natureza;
- desejo de abolição da consciência;
- vida comandada pelo primado das sensações;
- significado da saudação aos leitores;
- campos lexicais dominantes;
- conceito de poeta;
- simplicidade lexical e sintática;
- a enumeração, a comparação e a personificação;
- estrofe, métrica, rima.
A)
sexta-feira, 19 de outubro de 2018
Análise d' «Ó sino da minha aldeia», de Fernando Pessoa
Faz uma análise do texto transcrito, atendendo aos seguintes tópicos:
- efeito exercido pelo toque do sino no sujeito poético;
- sentido dos versos 5 a 8;
- recursos expressivos nos versos 1-2, 11 e 15-16;
- reatualização da poesia tradicional.
Em primeiro lugar, neste poema, cujo tema é a nostalgia de infância, o sujeito poético, ser errante (“sempre errante”), recorda o passado (“Sinto mais longe o passado”), tempo de felicidade como um bem perdido, encontrando apenas conforto e sentido para a vida no tempo da infância.
Logo no primeiro verso, o sujeito lírico interpela «o sino da [sua] aldeia», com recurso à apóstrofe (“Ó sino”), a qual concorre para uma maior aproximação entre o eu lírico e o sino a quem este se dirige. O toque do sino estimula a memória do sujeito poético (v.4), no sentido em que o faz recordar a sua infância, passado distante que se associa a um sonho (vv.11-12). É um eco do passado que, longe de alegrar o sujeito lírico, desperta nele a saudade de um tempo irrecuperável (vv.15-16). Os adjetivos "Dolente" e "calma" (v.2) remetem para a durabilidade do som, que não se apaga na memória do poeta.
Convém igualmente destacar, ainda na primeira estrofe, o simbolismo patente no vocábulo “aldeia” (v.1). A aldeia poderá simbolizar neste poema o espaço da infância do sujeito lírico. Surge como um espaço de intimidade, metáfora da interioridade do poeta. Nesta estrofe encontra-se igualmente presente uma hipálage (“Ó sino da minha aldeia/ Dolente […] ”), uma vez que “Dolente” se refere ao sujeito lírico, que, de facto, sofre, e não ao sino. Esta figura conota essa proximidade, essa intimidade duma memória que se reativa e que produz saudade.
Na segunda estrofe, o sujeito poético pretende mostrar o impacte que o sino, símbolo da dolorosa passagem do tempo, tem no seu estado de espírito. Começa por afirmar que as memórias de um passado saudoso assolam a sua alma tão lentamente como a tristeza da vida (vv.5-6), comparando, deste modo, a lentidão do soar do sino com o seu próprio estado de espírito nostálgico. Para além disso, à medida que o sino toca, acentua-se no sujeito poético a saudade de tempos passados e “ […] a primeira pancada/ Tem o som de repetida”, pois soa tanto no espaço exterior como também no espaço interior, na alma do poeta. Esse seu ecoar instaura no sujeito poético uma certa melancolia e tristeza.
Na terceira estrofe, o sujeito lírico compara o toque do sino a um sonho (“És para mim como um sonho.”). Ele exerce esta comparação porque aquele toque remete-o para um passado distante, o qual nunca mais vai voltar, fazendo com que essas memórias pareçam um sonho, despertando nele a nostalgia de uma infância perdida.
Na quarta e última estrofe, o sujeito poético recorre à antítese "Sinto mais longe o passado,/ Sinto a saudade mais perto", apercebendo-se que a inconsciência e a felicidade que experimentou na sua infância não poderão ser revividas. São despertados nele sentimentos de saudade do bem perdido, do único momento de felicidade plena, do tempo onírico que é a infância. A anáfora do vocábulo “Sinto” (vv.15-16) também concorre para evidenciar a frustração e a nostalgia do sujeito poético.
Relativamente à forma, o poema é composto por quatro quadras, nas quais todos os versos apresentam sete sílabas métricas (a redondilha, maior neste caso, é um metro popular), verificando-se, a existência de isometrismo. Nesta composição poética são empregados um léxico e uma sintaxe simples. Além das características já enunciadas, este poema tem uma grande componente de musicalidade devido ao uso da aliteração (“Sinto mais longe o passado/ Sinto a saudade […] “) e do ritmo muito marcado – predominantemente alternado com o som e a pausa decorrentes das badaladas. Deste modo, é possível verificar que se encontram no mesmo reatualizadas as características da poesia tradicional, entre as quais, o predomínio da quadra, a sintaxe simples, o ritmo melodioso, o verso curto (sete sílabas métricas) e o léxico acessível.
Em conclusão, nesta composição poética de Fernando Pessoa, publicada pela primeira vez em 1914 na revista A Renascença, o sujeito poético dirige as suas palavras, sempre e unicamente, ao sino, mas sem esperar ou pedir nada dele. O sino é a causa imediata do seu falso diálogo, no qual enuncia, em tom melancólico, a sua condição de eterno errante (v.10) para quem tudo é simultaneamente perto e distante (vv.15-16), desde o passado irrecuperável até ao soar do sino no presente.
Autora: Maria Inês Vidal, nº16 - 12ºB
sábado, 13 de outubro de 2018
Apreciação crítica da obra War, de Paula Rego (2003)
quarta-feira, 18 de abril de 2018
A viagem
domingo, 18 de fevereiro de 2018
Folhas Caídas: uma experiência de leitura
Autora: Inês Vidal, 11º B