Vencedora: Mariana Ferreira, 10.º ano, turma G, número 31
Prosa Poética
Ainda não sei, mas vou descobrir, se é teu sorriso franco e desconcertante que transforma meu coração em feliz navegante, lhe dá anseios impossíveis de medir, o engrandece e enriquece! Sabias que só de te pensar, ele enlouquece?
Ainda não sei, mas vou descobrir, se é teu olhar brando e fascinante que adoça e desarma meu corpo beligerante, lhe dá vontade de beijos te cobrir, o preenche e acende. Sabias que só de te pensar, ele se rende?
Ainda não sei, mas vou descobrir, se é teu abraço envolvente e abrangente que cerca esta minha alma sedenta e viajante, lhe dá vontade de não mais partir, a enfraquece e entontece. Sabias que só de te pensar, ela aquece?
Ainda não sei, mas vou descobrir, se é teu beijo mágico e inebriante que modera e acalma este espírito ambulante, o impede de resistir, domina, cativa e prende. Sabias que só de te pensar, ele fende?
E és sorriso, com e sem sentido, amplo, desmedido, gostoso e correspondido.
E és olhar que enche a noite de luar, que em mim se veio tatuar, que apetece beijar.
E és abraço que conquistou meu espaço, alivia meu cansaço, define e molda meu traço.
E és beijo doce e sôfrego, que desejo, que tortura o fôlego, mas que almejo.
E que seria de meu coração, metade ternura, metade vulcão, ora forte, ora mendigo, sem a alegria do teu abrigo?
E que seria do meu corpo, ora reservado, ora exposto, sempre de infinito desejoso, sem o olhar do teu rosto?
E que seria de minha alma, tão condenada quanto salva, entusiasta, generosa e medonha, sem que o conforto do teu abraço lhe ponha?
E que seria de meu espírito, agora engenhoso, depois despido, vivaz e cheio de ensejo, sem a poesia e o ardor do teu beijo?
E há lá no mundo, algo mais saboroso e profundo que teu sorriso e olhar, teu abraço e terno beijar?
Se continuares a não mos negar, nada mais tenho a desejar!
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