O BlogBESSS...

Bem-Vindos!


Blog ou Blogue, na grafia portuguesa, é uma abreviatura de Weblog. Estes sítios permitem a publicação e a constante atualização de artigos ou "posts", que são, em geral, organizados através de etiquetas (temas) e de forma cronológica inversa.


A possibilidade de os leitores e autores deixarem comentários, de forma sequencial e interativa, corresponde à natureza essencial dos blogues
e por isso, o elemento central do presente projeto da Biblioteca Escolar (BE).


O BlogBESSS é um espaço virtual de informação e de partilha de leituras e ideias. Aberto à comunidade educativa da ESSS e a todos os que pretendam contribuir para a concretização dos objetivos da BE:

1. Promover a leitura e as literacias;

2. Apoiar o desenvolvimento curricular;

3. Valorizar a BE como elemento integrante do Projeto Educativo;

4. Abrir a BE à comunidade local.


De acordo com a sua natureza e integrando os referidos objetivos, o BlogBESSS corresponde a uma proposta de aprendizagem colaborativa e de construção coletiva do Conhecimento, incentivando ao mesmo tempo a utilização/fruição dos recursos existentes na BE.


Colabore nos Projetos "Autor do Mês..." (Para saber como colaborar deverá ler a mensagem de 20 de fevereiro de 2009) e "Leituras Soltas..."
(Leia a mensagem de 10 de abril de 2009).


Não se esqueça, ainda, de ler as regras de utilização do
BlogBESSS e as indicações de "Como Comentar.." nas mensagens de 10 de fevereiro de 2009.


A Biblioteca Escolar da ESSS

PS - Uma leitura interessante sobre a convergência entre as Bibliotecas e os Blogues é o texto de Moreno Albuquerque de Barros - Blogs e Bibliotecários.


sábado, 13 de outubro de 2018

Apreciação crítica da obra War, de Paula Rego (2003)


Tal como nos é sugerido pelo nome da obra, War, de Paula Rego, pertencente ao acervo da Tate, em Londres, esta pintura, que utiliza o pastel, apresenta uma transfiguração da dura realidade e do ambiente de terror que se faz sentir na guerra. 

De acordo com o seu próprio testemunho, a autora ter-se-á inspirado numa fotografia publicada no jornal The Guardian, no início da guerra do Iraque, em março de 2003.

Neste quadro destacam-se, desde logo, duas figuras femininas com cabeças de coelho, que usam vestidos. Uma destas encontra-se ensanguentada e em evidente sofrimento ao colo da outra. Ambas configuram, possivelmente, a situação de fuga e o desespero do cenário de guerra aí retratado. O facto de a pintora recorrer à representação de figuras animalescas e híbridas em vez de humanos confere e estes o caráter animalesco presente na guerra para além de concorrer para a natureza grotesca da obra – e do próprio homem.

No resto da obra é possível observarem-se outras situações de desumanidade características da guerra como as violações, simbolizadas pela cegonha com as asas estendidas e com uma garra dentro do vestido de outra figura com cabeça de coelho no canto inferior esquerdo da composição, e, aparece, de igual modo, o símbolo de coragem representado numa mulher que carrega um pau com um ar autoritário e destemido. Para além disto, testemunhamos também na parte superior da obra, por detrás das personagens centrais, um inseto gigante, que parece ser uma formiga a lutar com um cão, uma figura feminina a abraçar um pelicano e, finalmente, um gato no canto oposto da obra, simbolizando os comportamentos de alheamento e indiferença dos homens relativamente aos cenários de guerra no mundo.

O fundo de War encontra-se dividido em três blocos de cor: um tom castanho amarelado no primeiro, castanho terra no segundo e no terceiro um azul escuro sombrio com uma pluma de preto, intensificando sentimentos como o sofrimento e o medo. Estas bandas de cor contrastam com as figuras representadas, as quais são bastante mais trabalhadas.

Em suma, a autora da obra Paula Rego foi capaz de retratar de forma caricata e autêntica a cruel realidade da guerra bem como o sofrimento das vítimas e o caráter desumano do Homem, ao agir de forma irracional como os animais. Através da representação do absurdo, a pintora consegue representar a violência e a angústia, que tanto caracterizam os cenários de guerra, usando o imaginário que decorre de memórias da infância, o que corrobora o lado monstruoso do homem – vítima mas também autor (lobo) da mesma guerra (e do próprio homem, seu semelhante).




Autora: Maria Inês Antunes, nº15 - 12ºB
Prof. João Morais

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