O BlogBESSS...

Bem-Vindos!


Blog ou Blogue, na grafia portuguesa, é uma abreviatura de Weblog. Estes sítios permitem a publicação e a constante atualização de artigos ou "posts", que são, em geral, organizados através de etiquetas (temas) e de forma cronológica inversa.


A possibilidade de os leitores e autores deixarem comentários, de forma sequencial e interativa, corresponde à natureza essencial dos blogues
e por isso, o elemento central do presente projeto da Biblioteca Escolar (BE).


O BlogBESSS é um espaço virtual de informação e de partilha de leituras e ideias. Aberto à comunidade educativa da ESSS e a todos os que pretendam contribuir para a concretização dos objetivos da BE:

1. Promover a leitura e as literacias;

2. Apoiar o desenvolvimento curricular;

3. Valorizar a BE como elemento integrante do Projeto Educativo;

4. Abrir a BE à comunidade local.


De acordo com a sua natureza e integrando os referidos objetivos, o BlogBESSS corresponde a uma proposta de aprendizagem colaborativa e de construção coletiva do Conhecimento, incentivando ao mesmo tempo a utilização/fruição dos recursos existentes na BE.


Colabore nos Projetos "Autor do Mês..." (Para saber como colaborar deverá ler a mensagem de 20 de fevereiro de 2009) e "Leituras Soltas..."
(Leia a mensagem de 10 de abril de 2009).


Não se esqueça, ainda, de ler as regras de utilização do
BlogBESSS e as indicações de "Como Comentar.." nas mensagens de 10 de fevereiro de 2009.


A Biblioteca Escolar da ESSS

PS - Uma leitura interessante sobre a convergência entre as Bibliotecas e os Blogues é o texto de Moreno Albuquerque de Barros - Blogs e Bibliotecários.


quinta-feira, 12 de novembro de 2020

A beleza de um sorriso


Era uma manhã normal, estava fechada no carro à espera que houvesse um milagre e que o tempo parasse. Tempo, aquilo que se diz infinito mas, no entanto, voa e nós nem damos por isso. Portanto, se ele parasse, teríamos todo o “tempo” do mundo (não foi a palavra mais adequada, mas não encontro uma outra palavra que defina tempo) para vivermos e aproveitarmos os bons momentos de uma forma mais intensa. Mas que sei eu sobre tempo?

Para me distrair deste pensamento, liguei o rádio. Mas sem sucesso. Por isso, olhei para o lado de fora da janela; poderia ser que encontrasse algo que não encontrava dentro do veículo onde me achava, todavia tudo o que vi foram pessoas também agitadas e posso crer que todas desejariam o mesmo que eu. “Este mundo e esta pressão estão a dar cabo de nós”, pensei.

Voltei para a posição que estava antes de olhar pela janela: pensativa e a ouvir palavras, melodias, rimas, vozes que não me diziam nada. É então que a música no rádio parou por um pouco e houve um silêncio mais prologado do que o habitual, despertando-me a audição. Depois de algum tempo deste silêncio que nada dizia nem acrescentava, apenas preenchia mais um espaço, soou uma voz não muito grave, uma voz que não era a do locutor, uma voz que não conhecia. Essa voz lia-me os pensamentos. Sabia perfeitamente o que estava a sentir, não que o tivesse dito, mas sentia-o assim como sinto que a vida está a andar muito depressa e nada posso fazer para a agarrar. Contudo, ao contrário de mim, essa voz tinha uma solução simples e eficaz para este meu problema: sorrir. Uma solução bastante consciente, devo dizer.

Dizia cada vez mais alto e de forma mais cativante para sorrirmos para as outras pessoas, porque, no fundo, o que todos pretendemos é darmos uma maior beleza ao mundo. Mandava sorrir para acabar com o muro que se ergue entre nós sempre que saímos de casa.

Olhei para o lado e vi… vi algo inexplicável. Todos sorriam, todos eram simpáticos e atenciosos de tal forma que me deixou com vontade de parar o tempo para sempre. Desta vez não para conseguir chegar a horas ao trabalho ou mesmo poder ver quem já nunca mais vai voltar. Desta vez era para recordar para sempre aquele momento. Há melhor forma de recordar tal e qual como é sem ser vivendo para sempre neste momento?

Por isso, sorri também. Mas sorri genuinamente porque toda aquela simpatia deixava-me fascinada. E então surgiu-me uma outra pergunta, que uma outra voz conseguirá responder: porque não sorrir sempre? Porquê toda esta arrogância? Enquanto essa voz não aparece, penso que só o mais profundo sentimento de cada pessoa vai saber responder.

Cheguei atrasadíssima ao trabalho, mas cheguei a sorrir, porque, com simpatia e amor, o mundo torna-se um lugar muito melhor. Um lugar onde dá vontade de nunca mais partir. Um lugar onde não nos ocupamos com o desejo de parar o tempo, pois torna-se um lugar que dura para sempre. 

Madalena Santos, n.º 18 9.º F
(2019/2020)

Prof.ª Raquel Teixeira



quarta-feira, 3 de junho de 2020

Da exaltação do herói à denúncia civilizacional n'Os Lusíadas"


Recorrendo ao teu conhecimento ativo d’Os Lusíadas, constrói um texto bem estruturado de 200 palavras, no qual apresentes a dupla vertente de exaltação do herói e da denúncia na Epopeia. 

Resposta:

Na Epopeia Os Lusíadas, o Poeta apresenta duas vertentes: a da exaltação do herói e a da denúncia civilizacional. A denúncia ocorre principalmente no final dos Cantos, quando o Poeta reflete sobre a sociedade do seu tempo, ou seja, sobre a geração cuja decadência se faz sentir em 1572, data da publicação da Epopeia.

A primeira destas reflexões acontece no final do Canto I quando o Poeta disserta sobre a incerteza na vida do Homem (Est.105, vv.7-8) e evidencia a sua fragilidade. Ultrapassar estas dificuldades contribui para a sublimação e o engrandecimento do herói d’Os Lusíadas.

O Poeta volta às suas reflexões no fim do Canto V, criticando a ignorância do povo português pelas Artes e Letras. Esta ignorância pode levar ao desaparecimento daqueles que cantam e imortalizam os feitos dos portugueses e assim as próximas gerações não serão incentivadas a ultrapassar estes feitos (Est.92, vv.3-4).

As reflexões do Poeta continuam até ao fim da Epopeia. No Canto VII, o Poeta denuncia a ingratidão dos portugueses que não sabem reconhecer o seu mérito e excluirá do seu canto aqueles que não lutarem pelo Rei (Est.84, vv.1-4).

As denúncias do Poeta regressam no final do Canto VIII, com a denúncia do poder do dinheiro, corruptor do Homem (Est.96.vv.7-8) ao nível de vícios como a traição (Est.98, vv.1-4), a corrupção das consciências (Est.98,. vv.5-8), da injustiça (Est.99, vv.1-2), promovendo o perjúrio (Est.99, v.3), a tirania (Est.99, v.4) e a hipocrisia (Est.99, vv.5-8).

De facto, no Canto IX, enquanto o Poeta reflete sobre o significado da Ilha dos Amores, sendo esta uma recompensa de Vénus pelo esforço dos portugueses (Est.88, vv.7-8), reforça as críticas apresentadas no Canto VIII, evidenciando a tensão entre a geração de Vasco da Gama e a geração em que Camões se encontra, sendo a primeira caracterizada por verdadeiros heróis que “[p]or feitos imortais e soberanos, / [...] / Divinos os fizeram, sendo humanos” (Est. 91 vv.2-4) e a segunda, por ignorantes e preguiçosos (Est. 92, vv.7-8).

Em adição a isso, no Canto X, o Poeta mostra-se triste e cansado porque a Pátria não reconhece o seu valor (“influxo do Destino / Não tem ledo orgulho” - est.146, vv.1-2). No entanto, o Poeta exorta o Rei a liderar o seu povo de «vassalos excelentes» para que continuem a realizar feitos valerosos pela nação (“Favorecei-os logo, e alegrai-os” - est.149, v.1) e ainda se disponibiliza a cantar os feitos futuros do rei numa nova epopeia (“Pera servir-vos, mente às Musas dada” - est.155, v.2). No fim da obra, Camões reforça uma ideia apresentada ao longo da obra (Canto V, est. 96, v.3), reforçando o modelo ético do herói, pois conjuga os valores enquanto homem social ao lado bélico e ao lado artístico (“Mas, nua mão a pena e noutra a lança”).

Concluindo, o Poeta reconhece os feitos dos portugueses e exalta o herói na sua obra, mas denuncia algumas das suas atitudes para que os portugueses possam aprender com os seus erros e continuem a ser imortalizados no futuro.

Autor: Joel Amorim, 10º E

Prof. João Morais

segunda-feira, 1 de junho de 2020

"Um País mais inteligente..." - Cenário de Resposta da Ficha sobre o poema «As amoras» de Eugénio de Andrade,

               «O meu país sabe às amoras bravas
               No verão.
               Ninguém ignora que não é grande,
               Nem inteligente, nem elegante o meu país […]»
              Eugénio de Andrade, «As amoras» in O outro nome da terra
  Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, defende o teu ponto de vista pessoal sobre o que poderia ser feito para tornar o nosso país mais inteligente.
  Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustra cada um com, pelo menos, um exemplo significativo.

Cenário de resposta
Um país mais inteligente é sinónimo de uma aquisição sustentada ao nível da educação, da formação profissional e da cultura. A aposta nestas três vertentes é essencial para o desenvolvimento dos cidadãos dum país. Pessoas com bases sólidas ao nível da cognição e das competências impulsionam o crescimento de uma comunidade numa grande amplitude de áreas.
Em Portugal, assim como na grande maioria dos países, existem grandes diferenças aos níveis económico, social e territorial, que provocam desigualdades no processo de formação de cada indivíduo. Nem todos têm as mesmas oportunidades. Uma medida capaz de alterar esta realidade seria um aumento de apoios a quem mais necessitasse, no âmbito de prosseguimento de estudos. A título exemplificativo, um mecânico de automóveis que tenha largado os estudos precocemente necessita agora de se reinventar dada a evolução tecnológica. Do mesmo modo, um estudante que tenha abandonado precocemente os estudos terá certamente um grande défice de literacia digital, imprescindível em qualquer profissão nos nossos dias. Assim, apoios à educação e à formação profissional são essenciais na evolução do país.
Apesar de instituições como a escola serem tremendamente importantes na formação das crianças e dos jovens, o processo formativo de um cidadão não se faz exclusivamente a partir da escola. A família, os amigos e tudo aquilo que nos rodeia fora do ambiente escolar tem a sua devida importância. O que os indivíduos fazem nos seus tempos livres, como ver ou não programas televisivos de interesse ao nível da formação cultural, ler ou não ler um livro, jornais e revistas com informação relevante e intelectualmente enriquecedora, frequentar museus, teatros e exposições, tudo isso influencia, ao longo do tempo, as mentalidades. E sem mudança de mentalidades não se abrem horizontes! Exemplificando, as famílias que desempenhassem um papel ativo na vida cultural do país, comprando livros, indo a teatros, museus ou exposições, ou dinamizando a vida cultural da sua autarquia deveriam gozar de uma redução de impostos conforme o seu contributo para o desenvolvimento da cultura e da cidadania.
Concluindo, a mudança para um pais ficar mais inteligente deve partir, de facto, das instituições, dada a sua importância na vida em sociedade. No entanto, também não pode deixar de partir de cada um de nós ter a atitude crítica de discernir as atitudes e promover os meios necessários para tornar o seu – o nosso – país mais inteligente. 

Autor: Daniel Valadas, 12º I
Prof. João Morais

domingo, 24 de maio de 2020

Visitas virtuais - Museu Nacional Soares dos Reis (Porto)

 O nosso 4º desafio:


Museu Nacional Soares dos Reis (Porto)

https://artsandculture.google.com/partner/national-museum-soares-dos-reis

Visitas virtuais - Museu das Marionetas do Porto

 O nosso 3º desafio:

Museu das Marionetas do Porto 
https://marionetasdoporto.pt/visita_virtual/museu_marionetas_porto.html

Visitas virtuais - Museu da Farmácia

 O nosso 2º desafio:

Museu da Farmácia, conhecendo as Farmácias Estácio, Chinesa, Liberal, Islâmica, Pacheco Pereira e Barbosa.
www.museudafarmacia.pt

Visitas virtuais - Novo Espaço do BlogBESSS

Alguns sítios históricos, museus e exposições que podem descobrir e divertir-se sem sair do sofá.  Aceitam o nosso desafio?

 O nosso 1º desafio:
Exposição “Um Mundo de Máscaras”, organizada pelo Museu da Farmácia, conta a história das máscaras, sendo composta pelo espólio do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, Museu da Marioneta, Museu do Oriente e Museu Nacional de Etnologia. As imagens são acompanhadas de textos e vídeos sobre as máscaras, podendo conhecer as utilizadas em rituais, de proteção, cerimónias, ópera e até de curandeiros e feiticeiros.
www.ummundodemascaras.com


segunda-feira, 27 de abril de 2020

Cenário de resposta da primeira parte da ficha de Português (Os Lusíadas)


Com base na leitura e na análise feita da estrofe 92 do Canto V d’ Os Lusíadas, explica o seu sentido.
Deves, impreterivelmente, documentar as tuas afirmações com palavras e expressões do texto.
       ……………………………………………………………………………………

Na presente estrofe é valorizada a poesia (e a arte) enquanto fruição e motivo ao mesmo tempo de deleite e de elevação humana.
Os feitos alcançados pelos heróis são celebrizados pelos poetas que cantam esses mesmos feitos (“Quão doce é o louvor e a justa glória / Dos próprios feitos, quando são soados”).
Os homens de elevados pensamentos ambicionam ultrapassar os seus rivais (conceito de emulação), de modo a atingirem obras valerosas para serem cantados e lembrados pelos poetas (“Qualquer nobre trabalha que em memória/Vença ou iguale os grandes já passados”).
Os grandes feitos merecem ser celebrizados por terem superado os feitos do passado, suscitando a inveja dos rivais, que foram ultrapassados (“As envejas da ilustre e alheia história/Fazem mil vezes feitos sublimados.”).
Cantando os seus feitos, os poetas irão recompensar os heróis que atingem determinados feitos (“Quem valerosas obras exercita,/Louvor alheio muito o esperta e incita”).
Na estância 92 do canto V, o Poeta reflete, assim, sobre o facto de a arte, nomeadamente a poesia, ser fundamental para o engrandecimento e a sublimação dos feitos dos heróis, de modo a que as suas obras valerosas perdurem no tempo e sejam lembradas no futuro. Esta valorização da poesia e da arte inscreve-se na altura do Renascimento (movimento artístico e filosófico do século XV), tendo-se passado a dar muito mais importância à poesia e à arte. O poeta preconiza a glorificação dos heróis para incentivar a sociedade a fazê-la seguir os seus exemplos (vertente ética da arte).

Autor: Joel Amorim, nº11, 10º E 
Prof. João Morais