O BlogBESSS...

Bem-Vindos!


Blog ou Blogue, na grafia portuguesa, é uma abreviatura de Weblog. Estes sítios permitem a publicação e a constante atualização de artigos ou "posts", que são, em geral, organizados através de etiquetas (temas) e de forma cronológica inversa.


A possibilidade de os leitores e autores deixarem comentários, de forma sequencial e interativa, corresponde à natureza essencial dos blogues
e por isso, o elemento central do presente projeto da Biblioteca Escolar (BE).


O BlogBESSS é um espaço virtual de informação e de partilha de leituras e ideias. Aberto à comunidade educativa da ESSS e a todos os que pretendam contribuir para a concretização dos objetivos da BE:

1. Promover a leitura e as literacias;

2. Apoiar o desenvolvimento curricular;

3. Valorizar a BE como elemento integrante do Projeto Educativo;

4. Abrir a BE à comunidade local.


De acordo com a sua natureza e integrando os referidos objetivos, o BlogBESSS corresponde a uma proposta de aprendizagem colaborativa e de construção coletiva do Conhecimento, incentivando ao mesmo tempo a utilização/fruição dos recursos existentes na BE.


Colabore nos Projetos "Autor do Mês..." (Para saber como colaborar deverá ler a mensagem de 20 de fevereiro de 2009) e "Leituras Soltas..."
(Leia a mensagem de 10 de abril de 2009).


Não se esqueça, ainda, de ler as regras de utilização do
BlogBESSS e as indicações de "Como Comentar.." nas mensagens de 10 de fevereiro de 2009.


A Biblioteca Escolar da ESSS

PS - Uma leitura interessante sobre a convergência entre as Bibliotecas e os Blogues é o texto de Moreno Albuquerque de Barros - Blogs e Bibliotecários.


quarta-feira, 3 de junho de 2020

Da exaltação do herói à denúncia civilizacional n'Os Lusíadas"


Recorrendo ao teu conhecimento ativo d’Os Lusíadas, constrói um texto bem estruturado de 200 palavras, no qual apresentes a dupla vertente de exaltação do herói e da denúncia na Epopeia. 

Resposta:

Na Epopeia Os Lusíadas, o Poeta apresenta duas vertentes: a da exaltação do herói e a da denúncia civilizacional. A denúncia ocorre principalmente no final dos Cantos, quando o Poeta reflete sobre a sociedade do seu tempo, ou seja, sobre a geração cuja decadência se faz sentir em 1572, data da publicação da Epopeia.

A primeira destas reflexões acontece no final do Canto I quando o Poeta disserta sobre a incerteza na vida do Homem (Est.105, vv.7-8) e evidencia a sua fragilidade. Ultrapassar estas dificuldades contribui para a sublimação e o engrandecimento do herói d’Os Lusíadas.

O Poeta volta às suas reflexões no fim do Canto V, criticando a ignorância do povo português pelas Artes e Letras. Esta ignorância pode levar ao desaparecimento daqueles que cantam e imortalizam os feitos dos portugueses e assim as próximas gerações não serão incentivadas a ultrapassar estes feitos (Est.92, vv.3-4).

As reflexões do Poeta continuam até ao fim da Epopeia. No Canto VII, o Poeta denuncia a ingratidão dos portugueses que não sabem reconhecer o seu mérito e excluirá do seu canto aqueles que não lutarem pelo Rei (Est.84, vv.1-4).

As denúncias do Poeta regressam no final do Canto VIII, com a denúncia do poder do dinheiro, corruptor do Homem (Est.96.vv.7-8) ao nível de vícios como a traição (Est.98, vv.1-4), a corrupção das consciências (Est.98,. vv.5-8), da injustiça (Est.99, vv.1-2), promovendo o perjúrio (Est.99, v.3), a tirania (Est.99, v.4) e a hipocrisia (Est.99, vv.5-8).

De facto, no Canto IX, enquanto o Poeta reflete sobre o significado da Ilha dos Amores, sendo esta uma recompensa de Vénus pelo esforço dos portugueses (Est.88, vv.7-8), reforça as críticas apresentadas no Canto VIII, evidenciando a tensão entre a geração de Vasco da Gama e a geração em que Camões se encontra, sendo a primeira caracterizada por verdadeiros heróis que “[p]or feitos imortais e soberanos, / [...] / Divinos os fizeram, sendo humanos” (Est. 91 vv.2-4) e a segunda, por ignorantes e preguiçosos (Est. 92, vv.7-8).

Em adição a isso, no Canto X, o Poeta mostra-se triste e cansado porque a Pátria não reconhece o seu valor (“influxo do Destino / Não tem ledo orgulho” - est.146, vv.1-2). No entanto, o Poeta exorta o Rei a liderar o seu povo de «vassalos excelentes» para que continuem a realizar feitos valerosos pela nação (“Favorecei-os logo, e alegrai-os” - est.149, v.1) e ainda se disponibiliza a cantar os feitos futuros do rei numa nova epopeia (“Pera servir-vos, mente às Musas dada” - est.155, v.2). No fim da obra, Camões reforça uma ideia apresentada ao longo da obra (Canto V, est. 96, v.3), reforçando o modelo ético do herói, pois conjuga os valores enquanto homem social ao lado bélico e ao lado artístico (“Mas, nua mão a pena e noutra a lança”).

Concluindo, o Poeta reconhece os feitos dos portugueses e exalta o herói na sua obra, mas denuncia algumas das suas atitudes para que os portugueses possam aprender com os seus erros e continuem a ser imortalizados no futuro.

Autor: Joel Amorim, 10º E

Prof. João Morais

Sem comentários:

Enviar um comentário