O BlogBESSS...

Bem-Vindos!


Blog ou Blogue, na grafia portuguesa, é uma abreviatura de Weblog. Estes sítios permitem a publicação e a constante atualização de artigos ou "posts", que são, em geral, organizados através de etiquetas (temas) e de forma cronológica inversa.


A possibilidade de os leitores e autores deixarem comentários, de forma sequencial e interativa, corresponde à natureza essencial dos blogues
e por isso, o elemento central do presente projeto da Biblioteca Escolar (BE).


O BlogBESSS é um espaço virtual de informação e de partilha de leituras e ideias. Aberto à comunidade educativa da ESSS e a todos os que pretendam contribuir para a concretização dos objetivos da BE:

1. Promover a leitura e as literacias;

2. Apoiar o desenvolvimento curricular;

3. Valorizar a BE como elemento integrante do Projeto Educativo;

4. Abrir a BE à comunidade local.


De acordo com a sua natureza e integrando os referidos objetivos, o BlogBESSS corresponde a uma proposta de aprendizagem colaborativa e de construção coletiva do Conhecimento, incentivando ao mesmo tempo a utilização/fruição dos recursos existentes na BE.


Colabore nos Projetos "Autor do Mês..." (Para saber como colaborar deverá ler a mensagem de 20 de fevereiro de 2009) e "Leituras Soltas..."
(Leia a mensagem de 10 de abril de 2009).


Não se esqueça, ainda, de ler as regras de utilização do
BlogBESSS e as indicações de "Como Comentar.." nas mensagens de 10 de fevereiro de 2009.


A Biblioteca Escolar da ESSS

PS - Uma leitura interessante sobre a convergência entre as Bibliotecas e os Blogues é o texto de Moreno Albuquerque de Barros - Blogs e Bibliotecários.


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sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Texto Argumentativo...



Jovens, os agentes da mudança
            A nossa sociedade está constantemente em mudança, sendo os jovens uns dos principais responsáveis por isso devido à sua energia, às suas ideias inovadoras e ao constante questionar o homem e o mundo, o que é normal nesta faixa etária. Assim, a juventude pode produzir importantes alterações no funcionamento da sociedade.
            Os jovens são caracterizados por questionarem o que não lhes parece bem, de forma autoritária e não pensando muito nos riscos que correm. Desta forma, muitas vezes não concordam com alguns princípios da sociedade e não têm medo de os contestarem promovendo a mudança desses princípios.
            Como exemplo disto temos o movimento hippie, que foi um movimento de contracultura dos anos sessenta e que teve grande adesão nos Estados Unidos, mas que influenciou globalmente muitos países do mundo. Os hippies eram, na sua maioria, jovens e estavam contra a violência, contra as guerras e contra o capitalismo. Assim, organizaram grandes protestos contra a Guerra do Vietname, que decorria na altura, vestiam-se de forma diferente e tinham um estilo de vida alternativo. Acabaram por ser bem sucedidos na luta pela paz, pois os Estados Unidos acabaram por retirar as suas tropas do Vietname, tendo o movimento hippie tido bastante influência nesta decisão do governo americano.
            Outra característica pela qual os jovens são conhecidos são as suas ideias inovadoras e a adesão ao que é recente, não tendo medo de abraçar novos projetos e aventurarem-se no desconhecido
            Como exemplo desta inovação que se vê nos jovens, temos Steve Jobs, que desenvolveu o primeiro computador pessoal quando tinha cerca de vinte anos. A partir disto, houve grandes avanços na informática sendo ele o precursor dessa evolução.
            Referindo-me ainda à informática, conseguimos observar hoje em dia os jovens enquanto a porta de entrada das novas tecnologias na nossa sociedade contribuindo para a sua popularidade e para a sua ampla utilização.
            Concluindo, os jovens são responsáveis por um elevado número de mudanças que ocorreram, que ocorrem e que ocorrerão na sociedade. A sua proatividade e o facto de não se submeterem facilmente às regras sem compreenderem o seu sentido contribui para que toda a sociedade reflita acerca do que é contestado por eles. Desta forma, a juventude faz o futuro e leva o desenvolvimento às comunidades onde se inserem.
Autor: André Silva, 11º A
Prof. João Morais

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Texto Argumentativo...



A sociedade, ao longo da história, evoluiu gradualmente graças aos conhecimentos e às aptidões adquiridas pelo Homem ao longo do tempo. As últimas décadas foram cruciais para definir as características da sociedade atual, tendo os jovens tido grande intervenção neste assunto. Grande parte desta evolução deve-se à capacidade dos jovens em expor as suas ideias e questionar os princípios da sociedade, daí a sua influência sobre ela.
A política é um tema em que tem havido grande intervenção por parte dos jovens, quer com o objetivo de defenderem os seus direitos, quer com a intenção de alertarem a comunidade para políticas injustas e incorretas.
Um exemplo disso foi o protesto na Praça da Paz Celestial em 1989, na Pequim, onde milhares de jovens se manifestaram contra a corrupção e repreensão política, defendendo a igualdade social e a liberdade de expressão. Este protesto acabou por ficar conhecido pelos dez mil jovens que perderam a sua vida em resultado de intervenções militares, o que denegriu a imagem da China perante os países ocidentais.
A educação é outro assunto em que os jovens se têm manifestado, exigindo melhores condições de aprendizagem e, por vezes, até o direito à mesma, o que veio a configurar-se uma conquista adquirida.
Malala Yousafzai é um exemplo de uma jovem que, desde muito jovem, ficou conhecida pelo seu ativismo a favor da educação feminina no distrito de Swat, no Paquistão, onde os membros do Estado Islâmico impediam as jovens de frequentar a escola. Malala tornou-se rapidamente conhecida como a jovem que lutou pelo direito à educação, demonstrando a sua capacidade argumentativa e interventiva, que permitiram alertar o mundo para as dificuldades sentidas no Médio Oriente.
Em conclusão, a intervenção dos jovens na sociedade é gratificante na medida em que permite não só reformular valores e normas mas também mentalidades, levando a alterações vantajosas para a vida em sociedade.

Autor: Hugo Dezerto, nº 10,  11º B
Prof. João Morais

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Sociedade de Hoje: Ser ou Parecer?

A sociedade de hoje faz com que os seus membros se sintam excluídos se utilizarem bens considerados ultrapassados e se não seguirem o exemplo de certas personagens. Trata-se da prevalência do parecer sobre o ser a invadir a nossa vida privada sem nos apercebermos disso.

Todos os dias somos inundados por imagens e notícias das mais recentes aquisições de uma pequena percentagem da população. Com um misto de inveja e de admiração, muitos tentam imitá-los na sua atitude consumista e superficial.

Um exemplo disto é a família Kardashian. Tornaram-se famosos devido a um reality show e, desde aí, muitos seguem as suas vidas numa atitude de quase veneração. A sua notoriedade tem origem nos bens que possuem, em como se apresentam e na forma como agem. Objetivamente, não podemos dizer que a sociedade obtenha algum valor com a sua existência mas, ainda assim, devido a aspetos puramente superficiais, ganharam fama.

Atualmente, todos se sentem pressionados a passar uma impressão de riqueza e superioridade. Tal agrava-se quando se está sob o escrutínio da opinião pública, não podendo dar um passo em falso sem espoletar uma reação em cadeia.

Muitos atletas pelo mundo fora, por exemplo, futebolistas na Europa e jogadores de basquetebol nos Estados Unidos, criam uma imagem mítica à sua volta como parte de uma estratégia de marketing cuidadosamente elaborada. Esta assenta não só numa atitude de consumo irresponsável mas também sua forma física e nas suas relações privadas. Fazem parecer que o seu mundo é perfeito e que qualquer um que siga os seus passos terá o mesmo destino, instigando muitos jovens a desistir de tudo para ser como eles. 

Dir-se-ia que nunca antes nos preocupámos tanto em deixar transparecer a imagem certa, em possuir os bens desejados pela maioria e em agir segundo certos padrões que nem sempre nos fazem felizes. Como sociedade, devemos fazer um esforço para fazer parar esta tendência porque as aparências podem facilmente induzir em erro e levar-nos a deixar passar oportunidades únicas na vida.

Madalena Marques da Silva, nº 17 – 12ºF
Professor João Morais

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O Memorial do Convento

Dissertação “No romance, a análise crítica engloba os mais diversos âmbitos, do social e político ao religioso, incluindo ainda a contestação da historiografia tradicional” 

Trabalho realizado por Leonor Silva, nº 19, 12º A, 2010/11

 Prof. João Morais














































 


































Edição: José Fernandes Rodriguez  

quarta-feira, 23 de março de 2011

“O lugar da utopia na vida humana”

Trabalho realizado por Henrique Carvalhinhos (12º A)  e Mário Martins (12º I), 2010/11 
Prof. João Morais
O termo utopia foi reactualizado por Thomas More, no Renascimento, ao qual deu o significado de “Sociedade Ideal”, sociedade esta em que todo o ser humano é igual, tanto em termos de direitos como de oportunidades.
Hoje em dia o termo utopia é visto como algo imaginário, e é uma forma muito optimista de encarar o mundo e o homem.
A utopia pode ser encontrada em vários campos, entre eles a religião, a política e a ética. Na religião, podemos encontrá-la no modelo de perfeição (Deus) e também na questão da vida depois da morte, na criação de um local ideal onde alguns passam à eternidade (Paraíso). Mais concretamente, o Cristianismo defende que o homem ganhará o Céu se viver uma vida livre de pecados e se praticar o bem aos olhos de Deus.
A utopia no campo económico é encontrada na divisão de bens equitativa na sociedade como defendem o socialismo e o comunismo. Um exemplo disso é a Revolução de 25 de Abril, quando houve uma desprivatização de quase todos os bancos portugueses, deixando as famílias com maior poder económico do país (como por exemplo os Mello, os Champalimaud, etc) despojadas desses bens, para haver um equilíbrio entre as classes sociais.
No campo ético, podemos evidenciar a busca da Paz como o exemplo mais óbvio. Para garantir uma civilização que viva em paz e harmonia, no século XX foi criada uma organização com esse mesmo fim: a ONU (Organização das Nações Unidas). É responsável por zelar pelos direitos do homem, para que este viva em pleno os seus direitos.
Com isto podemos concluir que, independentemente do domínio em que possamos detectar a sede utópica, fala-se de algo que se avalia como positivo e que zele pelo bem-estar de todos, mesmo que para alguns de nós esses desígnios possam ser somente imaginários ou inalcançáveis.

terça-feira, 8 de março de 2011

A Utopia na Condição Humana: Beleza e Juventude Eterna

Trabalho realizado por  Rita André,  12º B, 2010/11 
Prof. João Morais


Uma utopia é um sonho de difícil realização, uma meta que tentamos alcançar. É através de utopias que o mundo evolui e persegue determinados objectivos. O que foi uma utopia no século passado actualmente pode ser vulgar.
Partindo deste pressuposto, com este texto, pretendo reflectir acerca dos conceitos de beleza e juventude que vigoram na sociedade actual, que são adoptados por muitas pessoas numa tentativa de adquirirem o que consideram ser a aparência perfeita.
Devemos analisar o conceito de beleza ao longo da História, pois ele está sempre em mudança. Se, num passado recente, ter uns quilos a mais era sinónimo de beleza e saúde, nos dias de hoje, o ideal de beleza é outro: as mulheres devem ser esbeltas e muito magras. Esta preocupação desmedida com a magreza acarreta consequências como o aparecimento de doenças associadas a uma alimentação desequilibrada, por exemplo a anorexia e a bulimia. Quem lucra com esta obsessão são os autores de dietas para emagrecer que prometem milagres em pouco tempo, a indústria farmacêutica que produz medicamentos para queimar calorias e as clínicas de cirurgia plástica que se proliferam um pouco por toda a parte. Estas passam de um luxo das classes altas que pretendem obter uma melhor imagem e de vítimas de acidentes que necessitavam de reconstruir partes do seu corpo para uma necessidade de muitas pessoas que pretendem atingir um ideal de beleza.
Poderíamos considerar que este género de dilemas apenas afecta as pessoas mais jovens, que são influenciadas pelos meios de comunicação social e pela imagem das modelos que vêm em desfiles de moda, que são um ícone de beleza para muitos.
 Mas não!
As mulheres de meia-idade são extremamente atingidas pela necessidade de terem uma aparência jovem e para isso despendem muito dinheiro em tratamentos como injecções de botox para ficarem com menos rugas e lipoaspirações para retirarem as gorduras que se acumulam com a idade. Algumas mulheres mais frágeis e obcecadas com a beleza mas sem condições para pagar este género de intervenções entram em depressão e podem mesmo tentar o suicídio.
Mas o ideal de beleza não existe apenas para as mulheres, os homens também estão a ficar dependentes e a ter mais cuidados com a sua imagem por exemplo, utilizando cremes de beleza e fazendo depilação.
Esta obsessão que afecta a sociedade actual relacionada com a aparência física tanto de homens como de mulheres deve-se, sobretudo, ao marketing e ao mundo da moda. As pessoas deixaram de se preocupar com as suas vivências interiores e vivem com o objectivo de conseguir a beleza e juventude eternas, mas este objectivo é utópico, pois nenhum ser humano consegue a perfeição absoluta. Este conceito é abstracto, mudando de pessoa para pessoa e de sociedade para sociedade. No entanto, continuamos a lutar pela sua concretização e até produzimos lendas como a “fonte da juventude” a água desta fonte dava a juventude eterna a quem a consumisse. Não seria de admirar de no futuro inventarem uma bebida e de vir a haver muita gente que a comprará na esperança de ter para sempre 20 anos.
Será possivel encontrar solução para esta utopia? Como disse Victor Hugo: “Não há nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã”.
Em relação à questão da juventude eterna, existe um enigma que intriga a comunidade científica: o caso da jovem Brooke Greenberg que parou no tempo, ou seja, ela tem 17 anos mas tem as características de uma bebé de um ano. Especialistas em Genética esperam que, comparando o DNA de Brooke com o de uma pessoa normal, possam vir a descobrir os mecanismos que controlam o envelhecimento, encontrando, assim, uma verdadeira fonte de juventude. Será esta criança a chave para a utopia da juventude?
Para a questão da beleza, não é possível afirmar que esta utopia será atingida pois é difícil para nós definir o que é belo. Contudo, aceitar o que somos e vivermos a vida com confiança e sem preocupações fúteis pode ser a resposta para a verdadeira beleza. Uma mulher insegura com um nariz feio vai continuar a ser insegura e a encontrar outros defeitos com um nariz bonito.
Em conclusão, a procura da perfeição física é constante na nossa sociedade actual interferindo com a vida de muitos. Considero que esta afirmação de Josué Montello explica bem o papel da utopia na condição humana: "Pode-se dizer, sem receio de erro, que a utopia é consubstancial à condição humana. Ninguém realiza sem sonhar."

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Texto de reflexão – "O lugar da utopia na condição humana"

Trabalho realizado por  Inês Silva Machado, Nº16,  12º A, 2010/11 
Prof. João Morais



A vida do Homem tem-se baseado numa luta permanente, numa tentativa de alcançar a utopia, com uma ânsia de encontrar um estado ideal e imaginário de um governo, de uma sociedade, de uma filosofia, de uma realidade. Assim, a concepção de perfeição da condição humana é atingida quando o Homem, com o progresso da ciência e da tecnologia, consegue criar um ser geneticamente perfeito, em equilíbrio com o meio ambiente e com os que o rodeiam. É uma utopia inacessível mas constantemente desejada.
A invasão de doenças e outros agentes patogénicos na vida condiciona o ser humano em muitos aspectos e, por isso, alguns ramos da Biologia e da Química têm-se esforçado para encontrar fórmulas e métodos que corrijam essas imperfeições. A fabricação de insulina em laboratório, aplicada em indivíduos com a diabetes, por exemplo, garante que estes tenham os níveis de açúcar dentro da normalidade assegurando-lhes, assim, conforto e a possibilidade de criarem uma vida sem impedimentos. Apesar dos progressos feitos, essencialmente, no último meio século, tanto neste caso como noutros (mais complicados), a imprevisibilidade do organismo animal e as agressões ambientais limitam a busca de um corpo e de uma mente sem distúrbios e em sintonia com o exterior.
Além do auxílio das investigações bioquímicas na procura de segurança do Homem, a Medicina contribui bastante para a cura de várias más formações, quer sejam estas inatas ou adquiridas (acidentes, por exemplo). É, também, na Medicina que os pontos frágeis do nosso corpo se transformam em pontos fortes, ou pelo menos, razoáveis. A implantação de próteses em indivíduos sem um membro ou a recuperação da visão noutros que eram desprovidos desta têm consequências muito positivas para a nossa espécie contornando alguns problemas, entre eles os motores. Estes métodos não são mecanismos evolutivos (nem nada que se assemelhe), mas conferem-nos uma qualidade de vida aceitável tornando-os mais eficientes e qualificados no desempenho das suas tarefas. Contudo, em casos em que haja implicação do ADN, a intervenção da Medicina é mais complicada havendo situações de complexidade, tanta que não é possível detectar e suprimir as imperfeições.
É, de facto, na Epigenética que se centra a questão de impossibilidade de alcance da perfeição. A Epigenética defende que a actividade de qualquer indivíduo é influenciada, sobretudo, pelo ambiente e não pelo que está inscrito nas células. Deste modo, é aceitável que uma alteração no meio, espontânea e imprevisível, cause distúrbios num Homem que, em conjunto com a ciência, estava a ser melhorado para corrigir as falhas de um ambiente anterior. A modificação na Natureza coloca interferências ao nível dos instrumentos utilizados que se tornam incapazes face às novas mudanças e do Homem que se situa menos adaptado, sendo necessário criar, novamente, caminhos a fim de o homem se aproximar do equilíbrio que o rodeia. Quando este está prestes a combater as adversidades do exterior, é possível que surja uma nova alteração que condicione a actividade do Homem cientista.
Em suma, o trabalho de cientistas e outros profissionais contribui em muito para uma melhoria da qualidade de vida e para a construção de um Homem mais rentável. É neles que se sustenta o aumento da esperança média de vida e é neles que reside a expectativa de uma sociedade melhor e mais evoluída. No entanto, a espontaneidade da Natureza e do Homem cria obstáculos que não são fáceis de ultrapassar nunca sendo possível chegar-se a um ideal – a uma visão utópica da raça humana.

Fevereiro de 2011

sábado, 26 de fevereiro de 2011

O lugar da utopia na condição humana - Texto de Reflexão

Trabalho realizado por  Inês Silva Machado, Nº16,  12º A, 2010/11    
Prof. João Morais 
 
A vida do Homem tem-se baseado numa luta permanente, numa tentativa de alcançar a utopia, com uma ânsia de encontrar um estado ideal e imaginário de um governo, de uma sociedade, de uma filosofia, de uma realidade. Assim, a concepção de perfeição da condição humana é atingida quando o Homem, com o progresso da ciência e da tecnologia, consegue criar um ser geneticamente perfeito, em equilíbrio com o meio ambiente e com os que o rodeiam. É uma utopia inacessível mas constantemente desejada.
A invasão de doenças e outros agentes patogénicos na vida condiciona o ser humano em muitos aspectos e, por isso, alguns ramos da Biologia e da Química têm-se esforçado para encontrar fórmulas e métodos que corrijam essas imperfeições. A fabricação de insulina em laboratório, aplicada em indivíduos com a diabetes, por exemplo, garante que estes tenham os níveis de açúcar dentro da normalidade assegurando-lhes, assim, conforto e a possibilidade de criarem uma vida sem impedimentos. Apesar dos progressos feitos, essencialmente, no último meio século, tanto neste caso como noutros (mais complicados), a imprevisibilidade do organismo animal e as agressões ambientais limitam a busca de um corpo e de uma mente sem distúrbios e em sintonia com o exterior.
Além do auxílio das investigações bioquímicas na procura de segurança do Homem, a Medicina contribui bastante para a cura de várias más formações, quer sejam estas inatas ou adquiridas (acidentes, por exemplo). É, também, na Medicina que os pontos frágeis do nosso corpo se transformam em pontos fortes, ou pelo menos, razoáveis. A implantação de próteses em indivíduos sem um membro ou a recuperação da visão noutros que eram desprovidos desta têm consequências muito positivas para a nossa espécie contornando alguns problemas, entre eles os motores. Estes métodos não são mecanismos evolutivos (nem nada que se assemelhe), mas conferem-nos uma qualidade de vida aceitável tornando-os mais eficientes e qualificados no desempenho das suas tarefas. Contudo, em casos em que haja implicação do ADN, a intervenção da Medicina é mais complicada havendo situações de complexidade, tanta que não é possível detectar e suprimir as imperfeições.
É, de facto, na Epigenética que se centra a questão de impossibilidade de alcance da perfeição. A Epigenética defende que a actividade de qualquer indivíduo é influenciada, sobretudo, pelo ambiente e não pelo que está inscrito nas células. Deste modo, é aceitável que uma alteração no meio, espontânea e imprevisível, cause distúrbios num Homem que, em conjunto com a ciência, estava a ser melhorado para corrigir as falhas de um ambiente anterior. A modificação na Natureza coloca interferências ao nível dos instrumentos utilizados que se tornam incapazes face às novas mudanças e do Homem que se situa menos adaptado, sendo necessário criar, novamente, caminhos a fim de o homem se aproximar do equilíbrio que o rodeia. Quando este está prestes a combater as adversidades do exterior, é possível que surja uma nova alteração que condicione a actividade do Homem cientista.
Em suma, o trabalho de cientistas e outros profissionais contribui em muito para uma melhoria da qualidade de vida e para a construção de um Homem mais rentável. É neles que se sustenta o aumento da esperança média de vida e é neles que reside a expectativa de uma sociedade melhor e mais evoluída. No entanto, a espontaneidade da Natureza e do Homem cria obstáculos que não são fáceis de ultrapassar nunca sendo possível chegar-se a um ideal – a uma visão utópica da raça humana.

Fevereiro de 2011