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Blog ou Blogue, na grafia portuguesa, é uma abreviatura de Weblog. Estes sítios permitem a publicação e a constante atualização de artigos ou "posts", que são, em geral, organizados através de etiquetas (temas) e de forma cronológica inversa.


A possibilidade de os leitores e autores deixarem comentários, de forma sequencial e interativa, corresponde à natureza essencial dos blogues
e por isso, o elemento central do presente projeto da Biblioteca Escolar (BE).


O BlogBESSS é um espaço virtual de informação e de partilha de leituras e ideias. Aberto à comunidade educativa da ESSS e a todos os que pretendam contribuir para a concretização dos objetivos da BE:

1. Promover a leitura e as literacias;

2. Apoiar o desenvolvimento curricular;

3. Valorizar a BE como elemento integrante do Projeto Educativo;

4. Abrir a BE à comunidade local.


De acordo com a sua natureza e integrando os referidos objetivos, o BlogBESSS corresponde a uma proposta de aprendizagem colaborativa e de construção coletiva do Conhecimento, incentivando ao mesmo tempo a utilização/fruição dos recursos existentes na BE.


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(Leia a mensagem de 10 de abril de 2009).


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PS - Uma leitura interessante sobre a convergência entre as Bibliotecas e os Blogues é o texto de Moreno Albuquerque de Barros - Blogs e Bibliotecários.


terça-feira, 13 de outubro de 2015

Cantigas de Amigo - Breve Apresentação


 BREVE APRESENTAÇÃO DAS CANTIGAS DE AMIGO

A cantiga de amigo é um dos géneros de poesia trovadoresca ou poesia galaico-portuguesa, de origem popular, oral e tradicional. Neste tipo de poesia estão presentes três intérpretes: o trovador, que compunha estas cantigas; o jogral, que as executava e andava de corte em corte; e as soldadeiras, que dançavam ao som destas cantigas a troco do soldo. Estes intervenientes artísticos aparecem documentados nas iluminuras que nos ficaram do tempo mais tardio em que as cantigas ficaram registadas na escrita. Vejam-se a este título as iluminuras do pergaminho de Vindel, das cantigas de Martin Codax
Na cantiga de amigo a donzela exprime a sua situação amorosa em relação ao amigo, e o que provoca saudade é a ausência deste porque está normalmente ao serviço do rei ou na guerra contra os muçulmanos.
As amigas são confidentes do estado sentimental da donzela (as "avelaneiras" da bailia ou bailada «Bailemos nós já todas três, ai amigas», de Airas Nunes). O papel de confidente pode caber também à mãe ou à natureza: «Ai flores, ai flores do verde pino», de D. Dinis». Algumas destas cantigas são em forma de diálogo com a mãe («Digades, filha, mha filha velida»), com as amigas, ou com a natureza personificada («– Ai flores, ai flores do verde pino,/se sabedes novas do meu amigo!»; «– Vós me perguntades polo voss' amigo/e eu bem vos digo que é san' e vivo.»).
Existem vários subgéneros das cantigas de amigo. Temos o exemplo da bailia ou bailada, composta de tal maneira que podia ser cantada e dançada, e distingue-se pela sua marca musical, onde predominam o paralelismo e o refrão («Bailemos nós já todas três, ai amigas», de Airas Nunes). Outro dos subgéneros deste tipo de poesia trovadoresca é a barcarola ou marinha («Sedia-m'eu na ermida de Sam Simiom», de Meendinho), onde o mar constitui o elemento essencial. É o mar o motivo da separação dos apaixonados bem como o meio para o reencontro de ambos. As ondas simbolizam o tumulto interior do coração da apaixonada. Nestas cantigas, é ainda frequente a presença de ermidas onde a donzela se encontra geralmente isolada e a referência feita a romarias, daí o nome de outro subgénero: as cantigas de romaria.
O paralelismo é uma característica estrutural deste tipo de poesia e consiste na repetição simétrica de palavras e construções. O leixa-prem torna-se indispensável para a cantiga paralelística perfeita («Ai flores, ai flores do verde pino», de D. Dinis). Neste tipo de paralelismo os versos do primeiro dístico emparelham com os versos do segundo do mesmo par, variando apenas a palavra rimante. O terceiro dístico retoma o segundo verso do primeiro dístico e é inserido um novo verso, cuja variante aparecerá no dístico seguinte, e assim sucessivamente (leixa-prem). Quando não ocorre o paralelismo perfeito, verifica-se pelo menos a existência do paralelismo semântico, que consiste na repetição do conteúdo ao longo dos versos seguintes.
Outro dos aspetos das cantigas de amigo é a alternância da rima em /i/ e /a/, correspondendo, por exemplo, às palavras amigo e amado.
Nestas cantigas permanecem vários símbolos como o cervo na cantiga «Digades, filha, mha filha velida», de Pero Meogo, que representa a masculinidade e a presença do amigo.
Estas composições manifestam um amor espontâneo e promissor ou podem ser expressão de sofrimento devido ao amor não correspondido. Assim, são vários os estados de espírito revelados pela donzela, o amor tranquilo e a alegria da paixão; a ansiedade e a tristeza porque o amigo não dá notícias, dado que está ausente; os ciúmes e as promessas de vingança pela infidelidade por parte do amigo.

Em suma, é esta espontaneidade que ressalta da variedade de motivos que, ainda nos nossos dias, nos seduz e enternece.

Autor: Ana Amorim, nº 2, 10º C
Prof. João Morais

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